O período de pandemia ampliou uma modalidade de trabalho que ainda está sendo assimilada ou conhecida por muitas organizações no Brasil. O trabalho remoto ou Home Office. Contudo, este tipo de trabalho não implica apenas em uma mudança de espaços ou de rotinas, mas aponta para algo mais profundo que é a forma como as empresas entendem a relação tempo-resultado.

Neste artigo vamos buscar esclarecer esta relação e mostrar como o entendimento ou não deste fator acaba impactando no modelo de operação das instituições. O primeiro ponto a se considerar é que, em nossa sociedade marcada pela quarta revolução industrial, a relação entre produção e capital não se dá mais pela força de trabalho, como no caso da primeira revolução, mas sim, pela relação tempo-produção. O bem mais precioso e comercializado da contemporaneidade é o tempo como aponta Ashely Whillans em seu livro Smart Time.

Contudo, a forma como as instituições interpretam esta relação, seja do ponto de vista da concepção seja do ponto de vista da operação, é o que vai definir tanto o modelo organizacional quando a forma de relacionamento com os clientes.