Os avanços da transformação digital abrem caminho para, no futuro, a economia alcançar um estágio de singularidade, em que a hipereficiência promovida pela hiper automatização atingirá os próprios trabalhos humanos materiais e intelectuais, que passarão a ser realizados por máquinas. No processo até a Singularidade Econômica, o avanço da automatização está transformando as relações trabalhistas e de empregabilidade e valorizando as habilidades genuinamente humanas com alternativas de remuneração como o modelo de partnership.
A automatização de trabalhos humanos tem o objetivo de aumentar a eficiência das indústrias e, em consequência, acaba por melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Automatização hoje é sinônimo de eficiência e de aumento de produtividade.
Contudo, a automatização avança das fábricas e se expande para os até então protegidos trabalhos intelectuais em todas as áreas da economia. Um movimento de hiperautomatização de atividades que se forma e impacta profundamente o mundo do trabalho.
O dilema entre geração de trabalho e alta eficiência não é novo para a economia. Na década de 1950, o Brasil tomou a decisão de investir em rodovias, desfavorecendo ferrovias, para seguir o modelo logístico de estímulo à cadeia automobilística. Acreditava-se que esse setor movimentaria mais a economia e geraria mais empregos. De fato, automóveis e caminhões consomem mais combustíveis, geram mais manutenções, precisam de motoristas, os quais provocam acidentes e mais demandas em hospitais, ou seja, movimentam muito mais a economia do que os monótonos e eficientes trens de carga.