A Coca-Cola dispensa apresentações, como líder do ranking Interbrand de melhores marcas globais há quase uma década e meia. E ninguém se atreve a duvidar de seu êxito: cresceu 57% nos últimos três anos e, mais do que isso, nunca deixou de crescer –nem de pagar dividendos aos acionistas. Com receita anual de mais de US$ 9 bilhões, seu volume de produção e sua participação no segmento de bebidas sem álcool aumenta em quase todas as categorias em que atua.

Esse desempenho indica clientes felizes? O custo de tanto sucesso é constantemente questionado. Entre 2005 e 2006, por exemplo, algumas organizações não governamentais (ONGs) denunciaram práticas não éticas da Coca-Cola que supostamente prejudicariam comunidades, inclusive na América Latina. Reativa ou proativamente, o fato é que a Coca-Cola vem movimentando-se bastante na área de sustentabilidade em busca da felicidade dos clientes. Sua estratégia “Viva positivamente”, lançada em 2010, tem alcance e objetivos ambiciosos em relação ao meio ambiente e à sociedade. No que tange ao alcance, abrange o sistema Coca-Cola por inteiro, o que inclui todos os parceiros no negócio, as engarrafadoras e sua cadeia de valor. E entre os objetivos prioritários estão o impacto neutro no uso da água –devolver à Terra tudo o que usa na produção–, promoção da vida saudável para combater a obesidade, redução da pegada de carbono de suas fábricas em 5% nos países desenvolvidos até 2015 e recuperação de todas as embalagens para reciclagem.

As metas relativas aos dois primeiros itens já foram superadas. Como exemplo, o Truvia, adoçante natural não calórico, desenvolvido em conjunto com a Cargill e lançado em 2008, já é o segundo substituto de açúcar mais vendido nos Estados Unidos, depois do Splenda.