Dois bilhões de dólares. Esse foi o preço pago pela Cisco por seus erros em gestão da cadeia de valor. Mais especificamente, por não ter conseguido equilibrar eficiência operacional e transformação, priorizando uma em detrimento de outra.

Foi “um dos mais onerosos fiascos em cadeia de valor da história dos negócios”, segundo afirma o próprio vice-presidente sênior de estratégia e planejamento mundial da Cisco, Inder Sidhu, recordando os eventos que sucederam ao estouro da bolha das empresas ponto.com.

No entanto, a Cisco foi capaz de promover uma virada. Tornou-se uma das melhores referências em gestão da cadeia de valor, trabalhando com mais de 300 famílias de produtos, ou 23,5 mil itens, que incluem switches, roteadores e conversores digitais para televisão. Hoje, a maioria dos produtos é organizada de maneira customizada por meio de uma série de terminais logísticos regionais e embarcada para qualquer país a partir de unidades localizadas em três continentes. A maior parte dos produtos é produzida sob encomenda e entregue ao cliente sem que qualquer funcionário da empresa os tenha tocado. Em 2001, no entanto, essa engrenagem não funcionava tão bem.