Em 2050, 70% da humanidade viverá em centros urbanos. Para os governos, essa situação pode ser insustentável. Uma alternativa é criar condições para que as urbes incorporem inteligência tecnológica a fim de oferecer os serviços essenciais ao cidadão de maneira integrada: saúde, transporte, educação, segurança, moradia e água. A situação fica mais preocupante quando se sabe que, atualmente, 828 milhões de pessoas vivem em favelas e 2,6 bilhões não têm serviço sanitário adequado (água e esgoto). Estima-se que a última cifra salte para 2,7 bilhões em 2015, segundo o Millennium Development Goals Report 2010.

Anthony Townsend, diretor de pesquisa do Institute for the Future, especialista em planejamento urbano, computação ubíqua, inovação e desenvolvimento econômico com base em tecnologia, acredita que a solução para esses e outros problemas da vida urbana é tornar as cidades mais “inteligentes”.

Townsend é reconhecido pela Planetizen, organização de design e planejamento urbano, um dos principais pensadores do mundo. Nesta entrevista a HSM Management, ele explica como um conceito elaborado há 20 anos tornou-se soberano no debate sobre o urbanismo mundial.