O impacto da pior recessão mundial desde a grande depressão da década de 1930 ficou claro na análise feita pela A.T. Kearney do desempenho em 2008 das 2,5 mil maiores empresas do mundo com ações em bolsa. Se, em 2007, as vendas de todas elas haviam subido 11% em média e o aumento de valor fora de quase 15%, no ranking que se refere a 2008, publicado em 2009, mesmo com as vendas avançando no mesmo ritmo, o valor recuou. Na verdade, das 2,5 mil companhias avaliadas, apenas 42 apresentaram variação de valor positiva entre 2004 e 2008.

Como a crise mundial teve maior impacto nos mercados emergentes em regra, a composição do ranking também passou por significativa mudança. Em 2008, 40% das campeãsmundiais tinham sede em países emergentes. Em 2009, esse grupo caiu para 30%. Por exemplo: as quatro empresas russas incluídas no ranking de 2008 não foram capazes de manter seu desempenho, enquanto o número de companhias norte-americanas na lista mais do que dobrou.

As campeãs mundiais de 2009 vêm de setores de atividade diversos, da indústria química à eletrônica, da engenharia à indústria de base, do setor petrolífero às telecomunicações. Nenhum setor em particular foi beneficiado por forças externas favoráveis entre 2004 e 2008. Mas, com o fim do chamado “superciclo” das commodities, muitas empresas em setores dependentes de recursos naturais ficaram fora dos 25 primeiros lugares.