Quais são as bases da vantagem competitiva na era ágil, o cenário de negócios em que estamos entrando? Muitos analistas afirmam que o fator  predominante é o poder de reunir e utilizar informações. Erik Brynjolfsson e Andrew McAffee, por exemplo, argumentam se tratar de uma “segunda era das máquinas”, em que a tecnologia da informação será o motor do progresso humano. Já o Mc-Kinsey Global Institute considera que o imenso volume de dados com potencial para afetar os negócios  (chamados de big data) é “a próxima fronteira da inovação, da competição e da produtividade”.

Nós temos uma visão diferente. Acreditamos que o big data é um aspecto superestimado. À medida que as informações se tornarem cada vez mais  onipresentes e os custos de busca tenderem a zero, eles não proporcionarão um diferencial para assumir a dianteira. Além disso, a sobrecarga de informações sobre as pessoas leva a menor grau de  atenção, a maior confusão e a um processo de tomada de decisão mais precário. Nas organizações, acabamos assistindo a um debate sem fim e a uma tendência de privilegiar as evidências racionais em detrimento da intuição. Desse modo, as empresas parecem ficar estacionadas enquanto o mundo em volta delas acelera cada vez mais.

Alguns executivos, atentos a esse cenário, estão adotando uma abordagem que chamamos de “avanço rápido” (fast forward, no original em inglês):  colocar ênfase em ações decisivas, antes mesmo de fazer análises detalhadas. Para tanto, eles se sentem confortáveis em confiar nas convicções emocionais, juntamente com os julgamentos mais racionais.