Vale a pena olhar para a evolução dos sistemas de gestão como caminho para destravar a produtividade
A forma como as empresas se organizam e são geridas está intimamente ligada aos paradigmas de época. Laloux, em Reinventando as organizações, ilustra muito bem como o contexto social e econômico ao longo dos séculos foi moldando os paradigmas de gestão, desde o autoritarismo, passando por hierarquias bastante demarcadas e estáveis, seguidas por organizações meritocráticas e altamente competitivas e, mais próximo do nosso tempo, por organizações verdes orientadas para stakeholders e com foco em cultura e propósito mais do que em estratégia.
Muitas das chamadas organizações humanizadas, conscientes ou B Corps do mundo são os modelos “verdes” de Laloux, paradigma destes tempos que vivemos. E destas, inclusive, já emergiram muitas das novas formas de organização de times e do trabalho, como o Agile ou o Lean.
Talvez uma das tensões que melhor ilustraram a transição de era nos sistemas de gestão e paradigmas organizacionais seja o dado do Instituto Gallup de 2013, que revelou a existência de assustadores 70% de colaboradores não engajados com seu trabalho, infelizes e pouco comprometidos nos Estados Unidos. Para além de fazer organizações com paradigmas anteriores migrarem para o verde, os healing leaders de que tratamos nesta coluna certamente já se preocupam com as novas tensões da nossa era e com o futuro emergente. Mas que futuro é esse?