O aumento da capacidade de coletar e analisar grandes volumes de informações, o que se tem chamado popularmente de “big data”, está revolucionando a forma como governos de todo o planeta estão construindo suas políticas públicas, gerenciando o transporte coletivo e administrando o orçamento, entre outras atividades. Com o advento do big data, mesmo cidades já consideradas inteligentes têm descoberto que precisam evoluir, aprimorando e tornando mais ágeis os processos de  tomada de decisão em diversos setores, incluindo até mesmo o sistema de saúde e a previdência social. Aquelas que não fizerem correm o risco de ficar para trás. Esse é o caso de Hong Kong, considerada uma das mais destacadas smart cities do mundo.

Quem visita Hong Kong logo nota que é uma cidade inteligente, seja ao desfrutar seu aeroporto de primeira classe, seja ao usar seu sistema de transporte altamente integrado e (relativamente) barato. Mesmo no que diz respeito ao uso de big data, o governo local é conhecido por ter implementado um sofisticado sistema de informação para, por exemplo, identificar pontos em que os recursos da saúde podem ser aplicados para monitorar a dispersão da dengue e dos mosquitos transmissores.

Só que Hong Kong também está sendo desafiada. Seu governo precisa seguir desenvolvendo e integrando suas políticas e sua infraestrutura, ou não viabilizará o compartilhamento de dados pelos diversos  departamentos, de modo que os gestores possam compará-los, estabelecer e avaliar correlações e utilizar o dinheiro público de modo mais eficiente.