Estima-se que, em âmbito mundial, mais de 4 mil empresas contem com universidades corporativas (UCs) formais, segundo dados da firma de consultoria The Boston Bostonting Group (BCG) em seu relatório Corporate Universities: An Engine for Human Capital, publicado em julho de 2013. Estima-se que metade delas, 2 mil, esteja sediada nos Estados Unidos, e isso serve de termômetro para seu crescimento, pois havia 1 mil nesse país em 1997. Tal disseminação reflete um compromisso das empresas com capacitação e desenvolvimento de pessoas, o que se confirma em valores monetários: o BCG calcula que, em 2012, companhias dos países do G20, no qual se inclui o Brasil, tenham investido aproximadamente US$ 400 bilhões em capacitação. 

Os investimentos foram impulsionados tanto por países desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha e França, quanto por emergentes, como China e Índia, onde, espera-se, devem crescer ainda mais, em função da oferta insuficiente de mão de obra capacitada para a demanda existente. Em outras palavras, embora a tendência de criar uma UC ainda seja mais observada em empresas multinacionais (e suas principais referências estejam na América do Norte, Europa e Japão), evidencia-se a presença crescente desse tipo de instrumento em países emergentes. 

As universidades corporativas obrigatoriamente servem a grandes corporações, certo? Errado. Cada vez mais, o conceito de UC tem a ver com visão em vez de dimensão. As empresas que se interessam por ter uma UC são as que acreditam na gestão adequada do capital intelectual e do aprendizado organizacional como fator determinante para o crescimento, independentemente do tamanho atual, o que se comprova com o aumento das iniciativas de organizações de menor porte na área.