Se uma empresa consegue inovar com os menos qualificados entre os funcionários, treinando-os e motivando-os, ela obtém uma das duas maiores vantagens competitivas para ser uma empresa inovadora do século 21 –a outra é a capacidade de atuar com parceiros externos [veja quadro na página 124].

Essa é a lição que algumas companhias parecem estar aprendendo no Brasil, a duras penas, por conta do gravíssimo gap de educação do País e da crescente escassez de mão de obra. E foi a principal lição ensinada pelos gestores de duas dessas empresas na HSM ExpoManagement 2011, que assim começam a desenhar o perfil organizacional típico de um ecossistema de inovação à brasileira.

A primeira história veio da ETH, contada por seu próprio presidente, José Carlos Grubisich, no Atelier de Líderes da HSM ExpoManagement 2011. A empresa de bioenergia –baseada no etanol de cana-de--açúcar– do grupo Odebrecht, com apenas quatro anos de existência, já tem 15 mil funcionários, nove usinas e prepara a internacionalização em Angola e México.