As criptomoedas podem refazer nossos sistemas financeiros, mas permanecem pontos de interrogação sobre suas credenciais verdes. Agora, uma nova análise sugere que seu impacto ambiental ficou ainda pior após um êxodo em massa de mineradores da China.
O consumo de energia das criptomoedas é um assunto controverso. Para começar, medir com precisão a quantidade de energia usada por um sistema descentralizado espalhado por vários continentes usando uma ampla diversidade de hardwares configurados de inúmeras maneiras diferentes é repleto de dificuldades.
No entanto, está claro que os principais concorrentes, como Bitcoin e Ethereum, usam uma quantidade substancial de eletricidade. Isso se deve a complexos quebra-cabeças matemáticos que precisam ser resolvidos para validar transações e cunhar novas moedas, um processo conhecido como mineração. Esse processo foi quase totalmente profissionalizado por grandes operações de mineração que executam data centers cheios de chips especializados.
Isso é um problema, porque se a maior parte dessa energia vem de combustíveis fósseis, essas redes provavelmente estão gerando emissões significativas de carbono. As estimativas para a participação de energias renováveis na eletricidade que alimentam as transações de Bitcoin variam de 39% (de acordo com o Cambridge Center for Alternative Finance) a 73% (de acordo com a empresa de gerenciamento de ativos digitais Coinshares).