Por Tássia Aguiar

Pense na Nazaré confusa, na Luíza do Canadá, no Chico Buarque feliz e triste, no “ata” da Mônica. Como nós, você talvez conclua que o El País Brasil estava certo em maio de 2017, quando publicou: “A fábrica de memes é a única instituição funcionando plenamente no Brasil”. O texto fazia referência ao bom humor e à criatividade dos brasileiros diante de mais um escân-dalo político que movimentava as engrenagens dos memes: a gravação de Aécio Neves pedindo R$ 2 milhões à JBS. “Quando o Brasil foi dormir... reinava a incerteza com exceção de uma clareza: poucos povos fazem memes tão bem como o brasileiro”, dizia o texto da jornalista María Martín.

A clareza sobre o jeitinho brasileiro de fazer piada diante de situações de crise não é nova inúmeros são os programas humorísticos bem-sucedidos desse segmento na história da TV brasileira. Mas o humor tem se mostrado mais distribuído do que nunca na internet, por memes e, há algum tempo, contamina publicidade e jornalismo também.