"Tempestade total", “mudança de paradigma”, “a maior transformação da história da comunicação desde a invenção da prensa por Gutenberg” são algumas das expressões que se ouvem sobre o momento atual da indústria jornalística. Um verdadeiro paradoxo, já que a informação nunca foi tão abundante nem consumida em tanta quantidade e por tanta gente. Mas até hoje os meios de comunicação também nunca tinham se visto em uma situação econômica tão crítica e deficitária.

Talvez a única constante seja que os modelos de negócio para enfrentar a nova realidade continuem sem funcionar e que as empresas de mídia parecem não encontrar um caminho que lhes devolva a rentabilidade.

Ficaram para trás os tempos em que a publicidade pagava as despesas da indústria editorial. A internet revolucionou o negócio das mídias e os hábitos das pessoas na hora de consumir notícias. No mundo online, que se caracteriza por ser maleável e fluido, as mudanças acontecem com rapidez e chegam a bilhões de pessoas. A crescente facilidade de acesso à internet, onde as notícias circulam livremente, afastou muita gente dos meios impressos. E, graças à explosão dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones, nem sequer é necessário sentar-se diante de um computador para se informar.