Se o leitor fosse escolher dez companhias para seguir, dificilmente chegaria a esta lista: dos Estados Unidos, Cognizant Technology Solutions (serviços de tecnologia), Atmos Energy (distribuição de gás) e FactSet (análises financeiras automatizadas); da Índia, Infosys e HDFC Bank; do Japão, Yahoo! Japan; da China, Tsingtao Brewery; da Eslovênia, Krika (indústria farmacêutica); e, da Espanha, Indra Sistemas (tecnologia) e ACS (construção e serviços).

Pois essa é a lista de desempenho excepcional a que chegou Rita Gunther McGrath, especialista em estratégia da Columbia Business School, com base em uma amostra de 5 mil companhias de capital aberto do mundo. O que elas têm em comum? Entre 2000 e 2009, fizeram crescer seu lucro líquido ou receita ao menos 5% ao ano sem registrar queda em nenhum ano, apresentando crescimento estável e previsível.

O que mais têm em comum? Nenhuma delas é uma seguidora da estratégia clássica. Ao contrário, todas trabalham com a mudança e a inovação como regra, e aprenderam a fazer bem o movimento que McGrath chama de “desvinculação saudável”, ou seja, a vender rápido e barato o negócio que perdeu vantagem competitiva.