Em março, quando a SEC, a comissão de valores mobiliários norte-americana, anunciou que Elizabeth Holmes e sua empresa, a Theranos, cometeram fraude, Jina Choi, diretora da regional de San Francisco da agência reguladora, foi categórica: “A história da Theranos deixa uma lição importante para o Vale do Silício”.

Segundo Choi, “inovadores que buscam revolucionar um setor de atividade devem contar aos investidores a verdade sobre o que sua tecnologia é capaz de fazer hoje, não apenas dizer o que esperam que ela faça algum dia”.

A tecnologia da Theranos surgiu no mercado como algo espetacular, digno dos filmes de ficção científica. Por fim, porém, não passava de uma fantasia malsucedida. A ideia era disponibilizar um aparelho portátil capaz de realizar um grande número de exames a partir de algumas gotas de sangue colhidas na ponta do dedo da pessoa. A coleta seria rápida e indolor e os resultados, quase imediatos.