O longa-metragem de animação Lego Batman – O Filme, que usa os populares blocos de montar Lego em sua produção, estreou mundialmente em fevereiro de 2017, inclusive no Brasil. Em seu lançamento, muitos se perguntaram: por que lançar um filme infantil quando as férias escolares já acabaram, e não em dezembro ou janeiro, próximo do período de festas natalinas, quando as crianças lotam as salas de cinema e ganham brinquedos Lego de presente?

Da perspectiva da Lego, a resposta é óbvia. A empresa não precisa de promoção para vender suas caixas de blocos de montar no Natal e nas férias escolares. No entanto, precisa de um empurrãozinho em meses nos quais a demanda é fraca, como fevereiro e março, diz David Robertson, especialista em inovação e professor da Wharton School, que lançou recentemente The Power of Little Ideas, ainda sem data de publicação no Brasil.

E, apesar de em menos de três meses o filme ter arrecadado US$ 305 milhões em bilheteria, quase quatro vezes mais que seu custo, de US$ 80 milhões, ele é apenas um produto complementar criado ao redor do carro-chefe da Lego: os blocos de montar. “Talvez eles façam menos dinheiro no filme do que fariam se o tivessem lançado durante as férias escolares, mas no geral terão mais receita com a venda dos blocos de montar”, afirma Robertson em entrevista exclusiva a HSM Management.