Como organizar a logística agrícola usando menos máquinas e consumindo menos combustível? Como usar os insumos de forma a evitar desperdícios? Como o clima está impactando a produtividade e a eficiência das culturas?

Essas são algumas das perguntas que tiram o sono do profissional do campo e que até há bem pouco tempo eram respondidas mais por experiência do que pela análise efetiva de dados. Esse cenário, porém, vem mudando de forma mais acentuada nos últimos cinco anos, com a adoção da tecnologia por uma parte significativa das propriedades rurais brasileiras. Entre os principais responsáveis por essa transformação estão as agritechs, ou agtechs – como são chamadas as startups do setor –, que têm trabalhado na solução de problemas dentro e fora da porteira.

Criada em 2007, em Araçatuba (SP), por sete cientistas, a Solinftec é um exemplo da revolução que as novas tecnologias são capazes de trazer para o agronegócio. A startup lançou a Alice, primeira assistente virtual que leva a inteligência artificial a todas as áreas do campo. Mais do que responder às dúvidas dos agricultores, a plataforma permitirá a entrada em operação da primeira fazenda com gerenciamento assistido por inteligência artificial, já em fase de testes. “A Alice adota um sistema virtual baseado em redes neurais e deep learning, e está sendo treinada para analisar grandes massas de dados, sendo capaz de detectar padrões que escapam ao olho humano”, diz o CEO Rodrigo dos Santos.