Estilo esse pautado na ideia de que eles seriam especiais e singulares, isto é, como flocos de neves, que por um lado, são únicos e por outro são frágeis. Certo, mas qual a relação desta “tendência” juvenil contemporânea com as organizações? O primeiro, e mais simples ponto, é que essa geração, em pouco tempo ingressará nas fileiras e nos postos de trabalho das empresas. O segundo e mais profundo é que há um tipo de visão empreendedora que está nascendo com esta mesma característica, a saber, organizações flocos de neve.

O que é, afinal, a síndrome do floco de neve nas organizações? São aquelas empresas, principalmente startups, que acreditam que por terem uma ideia interessante vão se tornar únicas e especiais no mercado. Traduzindo: uma empresa em fase embrionária que nasce pesando que se tornará líder de mercado simplesmente porque a sua ideia é a mais legal.

Tal postura poderia representar, sob o ponto de vista de um olhar estrangeiro ou sênior nas dinâmicas do mercado uma ingenuidade, mas é o que mais se vê nas Startups. Na minha experiência a frente de instituições de ensino, principalmente a frente de projetos de inovação, o que tenho notado é que todas as vezes que um conjunto de jovens vêm ao meu escritório com uma ideia de Startup para ser incubada o que noto é brilho nos olhos, empolgação e uma inocente ideia de floco de neve. As duas primeiras (brilho nos olhos e empolgação) são fundamentais, já a última, letal.