“As tecnologias de realidade aumentada estão deixando de ser uma extensão do real para transformar-se em realidade”, diz o CEO da Saatchi & Saatchi, Kevin Roberts. A agência foi precursora no uso dessas aplicações em campanhas de marketing. Toyota, General Mills, Coca-Cola, T-Mobile e até o zoológico de Wellington, na Nova Zelândia, são alguns de seus clientes que recorreram à realidade aumentada (RA) para enriquecer a experiência do consumidor com seus produtos.

Basicamente, as tecnologias de RA ampliam ou prolongam os elementos do ambiente agregando conteúdo adicional –som, vídeo, gráficos e dados geográficos– gerado por computador. Diferentemente da realidade virtual, que substitui o mundo real simulando-o, a realidade aumentada indica “melhorias” na percepção do entorno.

O aplicativo SkyView, por exemplo, transforma a câmera do iPhone em uma espécie de observatório espacial que acrescenta conteúdo em 3D à visão normal do céu. Com o aplicativo GoldRun, a cadeia de lojas de roupa H&M oferece às pessoas a possibilidade de tirar fotos das peças exibidas em suas vitrines, prová-las virtualmente e compartilhar os modelitos com seus amigos no Facebook. O fabricante suíço de relógios Tissot implementou uma iniciativa similar ao montar uma vitrine, em Londres, Inglaterra, na qual os transeuntes eram convidados a provar os modelos de sua última coleção: com um simples toque na tela-vitrine as pessoas podiam experimentar os relógios de luxo no próprio pulso. Graças a essa campanha, a Tissot aumentou suas vendas em lojas em 86%.