Viver um dia no sul da Bahia. Foi com esse sonho para o futuro que Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, convidou Estevan Sartoreli para traçar um diagnóstico e entender como seria possível impactar e melhorar a região. Sartoreli descobriu que era necessário criar um elo alternativo entre produtor e consumidor, que promovesse o desenvolvimento sustentável e uma relação mais justa entre os participantes da cadeia. Sartoreli não inventou o comércio justo, mas sua constatação o tornou CEO e cofundador da Dengo, que comercializa chocolates e cafés sofisticados em lojas físicas e online.

Com lindas lojas em shopping centers, que mais parecem mercearias de alto padrão, a Dengo expõe bombons e barras de chocolate com frutas brasileiras, amêndoas de cacau torradas e drageadas chamadas de “pepitas”, quebra-quebras (placas de chocolate com recheios variados) e café.

Fundada em 2017, a empresa estabeleceu uma política de pagar por produtos de qualidade um valor mínimo de 70% acima do praticado pelo mercado, além de valorizar o cultivo sustentável, disseminar as boas práticas para os produtores de cacau e resgatar o orgulho de “viver da terra”. Em 2018, a média do valor pago ao produtor pela Dengo foi de 82% acima do preço cotado na Bolsa de Nova York.