“O único meio de superar a concorrência é não tentar destruí-la.” Para compreender o sentido dessa frase, é preciso imaginar, de acordo com os autores do livro A Estratégia do Oceano Azul, que o universo dos mercados é composto por dois tipos de oceanos: os azuis e os vermelhos. Os vermelhos são constituídos por todos os negócios existentes; são o espaço estratégico conhecido. Os oceanos azuis, por sua vez, são formados por negócios que ainda não surgiram; constituem o espaço estratégico desconhecido.

Em um oceano vermelho, cada empresa procura superar as demais para ficar com a maior parte da demanda, mas as perspectivas de crescimento são reduzidas porque o espaço já está bastante ocupado. Assim, por conta de uma competição feroz, o oceano vermelho se torna “sangrento”. O oceano azul, de forma contrária, equivale à criação de uma demanda nova, o que garante um crescimento extremamente rentável. Nesse oceano, a competição não conta, porque as regras do jogo ainda precisam ser definidas.

Ainda que alguns oceanos azuis surjam fora dos setores existentes, a maioria deles nasce nos oceanos vermelhos, explicam W. Chan Kim e Renée Mauborgne. É o caso de Apple, The Body Shop, Cirque du Soleil, eBay e Swatch, cujos criadores souberam ampliar as fronteiras dos mercados em que atuavam.