Diferente da maioria dos moradores de São Roque de Minas, cidade de 6 mil habitantes da região da Serra da Canastra (MG), João Carlos Leite pôde frequentar a universidade. Formou-se em agronomia pela Universidade Federal de Lavras e, em vez de ganhar o mundo como sonhava o pai, decidiu transformar São Roque na Suécia brasileira. A seguir, Joãozinho, como é conhecido, o cofundador e presidente do conselho da Saromcredi, conta como sua cooperativa de crédito está inspirando o Brasil.

A Saromcredi já movimenta mais de R$ 300 milhões de ativos financeiros ao ano e o plano é chegar a R$ 1 bilhão em 2031. O que faz sua cooperativa de crédito crescer a taxas de 10% a 15% ao ano, mesmo em tempos difíceis para vários setores no Brasil?

Historicamente, o cooperativismo de crédito se fortalece em tempos de crise, pois surge como alternativa para que a população tenha acesso mais barato ao capital. É assim que nosso cooperado [empresa] consegue competir no mercado: ele produz a um custo mais baixo; com isso aumenta a produção, gera mais emprego, e esse dinheiro circula na cidade para a compra de produtos e serviços. E é assim que a qualidade de vida das pessoas e da sociedade melhora. O resultado da Saromcredi é, na verdade, o resultado desse desenvolvimento econômico e social promovido pelo cooperativismo na região.