Identificar as tarefas que as pessoas querem fazer e não conseguem, buscar maneiras inovadoras de realizá-las, concentrar-se na experimentação e no aprendizado são princípios favoráveis para qualquer tipo de inovação (e que só fazem bem à empresa). Mas Scott Anthony, líder da firma de consultoria em inovação Innosight, vai muito além disso, explicando como montar e gerenciar a carteira de inovações ideal e os cuidados a tomar para não cair em armadilhas ou correr riscos desnecessários.

Tudo começa, na verdade, por analisar as inovações em curso com a perspectiva de quem analisa uma carteira de investimentos, para saber o que deve ser priorizado. Para Anthony, a melhor carteira é a que atinge um equilíbrio em quatro dimensões principais, que se relacionam com o mercado visado, o grau de novidade do produto, o grau de novidade do modelo de negócio e o impacto no mercado. Na entrevista a seguir, o expert da Innosight analisa os mais variados aspectos de uma carteira de inovações, incluindo o risco da “carteira zumbi”, e descreve os cuidados a serem tomados. Estes incluem, por exemplo, derrubar alguns mitos, como o de que a inovação de ruptura está diretamente relacionada com grandes avanços tecnológicos. “Ao contrário”, diz ele, “elas têm a ver com grandes avanços no modelo de negócio.” O compartilhamento de riscos com outros agentes e a resistência na travessia da primeira milha da inovação também são cuidados destacados por Anthony.

Em seus livros, o sr. recomenda organizar as inovações em curso em uma carteira e gerenciá-las assim. Como uma empresa deve montar sua carteira e garantir que seja a mais próxima do ideal?