Para não cair no complexo de vira-lata, é preciso ter foco nas três vantagens que os brasileiros têm no maior polo de tecnologia e inovação do mundo
Viver em um lugar como o Vale do Silício tem suas vantagens, conforme comentei em minha última coluna. No entanto, o ambiente empresarial por aqui é tão competitivo que, muitas vezes, eu me esforço para não cair no complexo de vira-latas, como bem o descreveu Nelson Rodrigues.
Aqui você é forçado a ser mais rápido, mais inteligente, mais comunicativo e, se você não acompanhar esse ritmo, será facilmente deixado para trás. No Vale, ser muito bom não é o bastante. Você precisa ser fora da curva (outstanding).
Foi aqui que eu conheci o conceito de “hacks”, que são maneiras mais eficientes de atingir um objetivo. Um exemplo clássico é o da leitura. Por aqui as pessoas costumam ler dezenas de livros ao ano e eu me perguntava como elas arranjavam tempo para tanto. Descobri que, na verdade, existem técnicas específicas de “speed reading” [leitura rápida] que te ajudam a consumir mais conteúdo em menos tempo. Trabalhar duro é essencial, mas se o trabalho duro for somado ao trabalho inteligente, você pode pular etapas e acelerar.