Ganham fôlego no Brasil alianças entre as empresas e as escolas de negócios para reverter nosso gap de competitividade pelo conhecimento, como mostra a reportagem. Iese espanhol é um dos que têm tradição nessas parcerias
A falta de mão de obra qualificada já afeta 69% das empresas, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no início de abril deste ano e, para a maioria das companhias industriais consultadas, é consequência da má qualidade da educação.
O levantamento só oficializa o que está cada vez mais claro no ambiente empresarial: para conquistarmos vantagem competitiva sustentável, temos de poder contar com pessoas bem preparadas e não apenas treinadas para a produtividade, como se acreditava, até alguns anos atrás, que bastaria. Os profissionais devem ter mais do que as habilidades técnicas necessárias; precisam pensar crítica e criativamente e saber fazer escolhas bem ponderadas.
Como o Brasil pode desenvolver tais profissionais o mais rápido possível? É suficiente esperar pelas iniciativas governamentais? Na opinião de Ozires Silva, o visionário fundador da Embraer e autor do livro Nas asas da educação (ed. Campus/Elsevier), não. Ele costuma dizer que “a sociedade precisa prover o acesso à educação de qualidade a todos –e sociedade somos nós, empresas incluídas”.