Com 23 anos como headhunter e sócio da Egon Zehnder, entre Espanha e Argentina, e mais de 20 mil entrevistas com executivos no currículo, ele concluiu que não há absolutamente nada que contribua mais para o êxito profissional de uma pessoa do que escolher bem com quem ela trabalha. Autor de Grandes Decisões sobre Pessoas (ed. DVS), lançado no Brasil este ano, Fernández-Aráoz detalha o que ele afirma ser um processo de êxito comprovado para seleção de pessoal

Começo com uma provocação: com tantos livros de recursos humanos no mercado, por que escrever mais um?

Porque aprendi que a maior parte dos gestores seleciona muito mal com quem trabalha e que nunca estudou o assunto realmente. Os gestores fazem MBA e passam anos estudando contabilidade, finanças, marketing e estratégia, mas nada sobre como escolher pessoas. Na graduação, idem. Além disso, até mesmo Jack Welch, talvez o líder empresarial que mais tenha se notabilizado na área de pessoas, admitiu a complexidade da tarefa, argumentando que, apesar de 30 anos no ofício, ainda errava em 20% dos casos.