Antes de iniciar o relato das histórias que colheu e selecionou para o livro What Should I Do with My Life?, Po Bronson resume um pouco do que aprendeu com todos os entrevistados sobre a inquietante pergunta “O que devo fazer com minha vida?”. “Em geral, foi nos momentos difíceis que as pessoas mudaram sua direção. Quando tudo está bem, elas apenas ‘falam’ em mudar”, garante o autor. De acordo com ele, os problemas acabam levando à superação das dúvidas que impedem as mudanças. 

Ao tomar caminhos novos, observa Bronson, essas pessoas buscaram satisfação pessoal, não felicidade. E não encontraram “uma única resposta perfeita”, aplicável a todo mundo. Em todos os casos, comenta o autor, acharam algo que era bom “para elas”. “Mesmo quando não houve êxito, a procura em si trouxe à tona traços de personalidade que estavam em segundo plano. Não escrevi apenas sobre casos de sucesso”, explica.

Outro dado que salta aos olhos do leitor ao longo do livro é que muitas pessoas fazem suas descobertas não de maneira necessariamente estruturada ou a partir de grandes acontecimentos que lhes impõem a necessidade de transformação. O acaso, o detalhe, o insight acabam tendo um peso enorme em seus processos de reinvenção.