A rapidez com que o mercado consumidor tem mudado nas últimas décadas traz uma questão ímpar para as companhias consolidadas: “Como não ficar obsoleta?”. Muito mais gestores andam sendo assombrados pelo fantasma da Kodak, empresa conhecida como inovadora que, um dia, demorou para admitir que deveria se reestruturar diante do surgimento das câmeras digitais e sucumbiu.

Um número crescente de empresas, como Telefônica Vivo, Natura, Itaú Unibanco e Tecnisa, busca proteger-se dessa ameaça criando vínculos com startups – seja em parcerias comerciais, seja em corporate ventures. Os empreendedores, familiarizados com mudanças de tecnologias e comportamentos, estão virando professores.

O que essas empresas perseguem, na verdade, é uma forma mais fácil de vencer o desafio da inovação, que, além de urgente e importante, parece ser permanente. Elas reconhecem que inovar é algo que flui naturalmente nas organizações novatas enquanto, em casa, esbarra em processos, burocracia e uma cultura de resultados de curto prazo.