Introdução

Boa parte da história da crise financeira pode ser interpretada de forma geral como uma subestimação dos riscos, não só da probabilidade de ocorrência de “Cisnes Negros” (eventos de amplo impacto, imprevistos e aleatórios), mas da fragilidade do sistema financeiro em relação a eles. Por exemplo, o potencial de prejuízos e de quebra dos mercados de fundos bancários devido à deterioração do mercado interno de subprime dos EUA, ou o potencial de danos como um todo aos países e bancos na zona do Euro, geradas pelos problemas nas contas públicas da Grécia, foram ambas severamente subavaliadas.2

Uma boa dose de autocrítica desde então se concentrou em torno da confiança excessiva em modelos financeiros e econômicos que são vistos como responsáveis por desviar os formuladores de políticas e os mercados financeiros do caminho, em parte ao oferecer um nível de confiança sem garantias sobre o tamanho potencial dos resultados negativos. A maior parte desse esforço visou, por um lado, a se livrar de modelos em geral, ou, de outro, buscar desenhar e desenvolver modelos melhores.