Muitos executivos ao redor do mundo acreditam que o conselho de administração da empresa tem como missão primordial proteger os interesses dos acionistas, que devem ser colocados acima de quaisquer outros. Essa visão, no entanto, é ideológica; raramente traduz algo que está na legislação dos diferentes países.

Como entidade com personalidade jurídica própria, uma empresa tem dois objetivos fundamentais: sobreviver e prosperar. O valor a ser gerado para o acionista não é um objetivo essencial de nenhuma organização, e sim o resultado de suas atividades.

Com isso, ainda que façam valer seus interesses no board, os acionistas constituem apenas um dos públicos que devem ser levados em conta nas tomadas de decisão. Os demais são os chamados stakeholders, ou grupos de interesse, que incluem funcionários, clientes, fornecedores e entidades da sociedade civil.