Um recente relatório do J.P. Morgan chamou a atenção para o que o banco considerou uma nova classe de ativos: os “investimentos de impacto”, incentivos que visam canalizar recursos para projetos de retorno social positivo. Diferindo de fundos tradicionais que buscam investir em empresas “socialmente responsáveis”, mas que ainda têm em vista o lucro, seu objetivo é alocar recursos para atividades que gerem prioritariamente impacto social, independentemente de seu retorno financeiro.

Segundo o J.P. Morgan, investimentos de impacto teriam um movimento potencial, em dez anos, em torno de US$ 400 bi­lhões a US$ 1 trilhão. Embora alguns investidores não se disponham a reduzir o retorno financeiro esperado, alguns, aparentemente, já aceitam trocar parte do retorno por impacto social comprovado. São investidores “pacientes”, que podem alocar parte de sua carteira para projetos sociais se confiarem que tais projetos vão, efetivamente, resultar em impacto relevante.

Uma experiência inovadora que caminha no sentido de garantir esse tipo de avaliação é o projeto dos Social Impact Bonds, idealizado pela ONG inglesa Social Finance. Social Impact Bond é um instrumento financeiro que capta recursos de investidores sociais para o patrocínio de projetos de impacto. São estabelecidas metas de desempenho e, quando atingidas, os investidores recebem uma remuneração ou bônus pelos investimentos que fizeram no projeto.