Nas principais conferências sobre sustentabilidade e negócios, Amory Lovins é o palestrante que os outros mais mencionam ao darem suas palestras. Ele é o parâmetro ou talismã que muitos figurativamente incensam para reafirmar sua boa-fé e abrangência intelectual sobre sustentabilidade.

Não fica claro se Lovins percebe isso –ou se se importa. Ele se senta na primeira fileira, de óculos e de modo calmo, e na maior parte do tempo parece curioso –sobre tudo– e não ter tempo para firulas. Há trabalho por fazer. Ele está aí para isso.

E assim tem sido para Lovins há décadas, principalmente desde que cofundou, em 1982, o famoso Rocky Mountain Institute (RMI), um think tank empresarial, sem fins lucrativos, do tipo “pensar e fazer”, que, segundo Lovins, continua a ser mal interpretado. “Nosso DNA é de praticantes, não de teóricos. Nós criamos soluções. Ocasionalmente leio na mídia, com certo espanto ou surpresa, que somos um think tank ambiental; na verdade não somos nenhum dos dois”, diz ele. “Nosso trabalho se concentra em eficiência avançada de energia e recursos.” Notavelmente, o RMI alega que metade de suas receitas advém de ajudar a implantar o que eles aprendem na pesquisa. (A outra metade vem de fontes típicas sem fins lucrativos.)