A inovação aberta está criando fenômenos práticos que se encaixam mal nas teorias de estratégia de negócios tradicionais. Tais teorias levaram as empresas a construir posições defensáveis contra as forças da concorrência e a fortalecer a cadeia de valor, reforçando a importância de erguer barreiras para os rivais em vez de promover a abertura. Recentemente, contudo, empresas e até setores de atividade inteiros, como o de software, estão testando modelos de negócio novos, baseados em estimular a criatividade coletiva por meio da inovação aberta. O sucesso aparente de algumas dessas experiências desafia as principais visões da estratégia.

Ao mesmo tempo, tais experiências abertas estão cercadas de dúvidas relativas à captura de valor e à sustentabilidade dos modelos de negócio, o que leva muita gente a querer se proteger nos preceitos da estratégia tradicional.

Nossa proposta é distinta. Se queremos dar um sentido estratégico às comunidades de inovação, aos ecossistemas e às redes, bem como a suas implicações para a vantagem competitiva, precisamos de uma nova abordagem para a estratégia, que denominamos aqui “estratégia aberta”.