Pode-se dizer que um dos primeiros registros de execução benfeita de uma estratégia de que se tem notícia na história da humanidade aparece no livro As mil e uma noites. Nele, a bela Sherazade consegue evitar –e, por fim, reverter– a própria pena de morte e a das mulheres de seu reino em geral, contando uma história atrás da outra para o rei, criando suspense em relação ao final de cada uma e passando lições subliminares. Para fazer isso, tem liderança, disciplina, cultura organizacional e processo, mas também algo mais –na verdade, algo antes: pessoas suficientemente capacitadas para executar e comprometidas com isso. No caso, ela mesma –alguém de dentro da organização Sherazade, para manter a analogia– e sua irmã, Duniazade, encarregada de pedir as histórias, ouvi-las como destinatária principal e aplaudi-las –o equivalente a uma pessoa de fora das fronteiras corporativas.

Em entrevista exclusiva a Adriana Salles Gomes, editora--executiva de HSM Management, um dos maiores especialistas da gestão mundial, Tom Peters garante que 98% do sucesso de um negócio tem a ver com execução e 99% disso depende de pessoas e explica por quê.

Em seu mais recente livro, The little big things, o sr. coloca a execução como a segunda prioridade da agenda executiva. Por quê? Qual a primeira?