Kindle, o e-book da Amazon, não é a única inovação que está revolucionando–e, talvez, salvando– esse setor mundialmente. O mapa estratégico do mercado vem mudando de cor graças a vários modelos, como mostram alguns casos reais
STEVE HABER desenvolveu o Sony Reader, dispositivo de leitura eletrônica que já está na terceira geração. “Os leitores de livros digitais dominarão a indústria editorial em menos de dez anos. Quando apareceram as câmeras digitais, diziam: ‘Prefiro o calor do filme’. Depois, não puderam prescindir delas. Hoje os norte-americanos compram 40 milhões de câmeras digitais por ano. Quando apresentamos o Reader, diziam: ‘Gosto do cheiro do papel’. Creio que isso confirma a mudança.”
JULIA CHEIFFETZ é editora do HarperStudio, novo selo da HarperCollins, que publica dois livros por mês e compartilha os lucros com os autores.
“Fazemos pesquisa e desenvolvimento. Por exemplo, nossos autores recebem uma câmera digital e usam o videoblogging para ‘cativar’ o público. Propomos um packaging multimídia: Green Porno, livro da atriz Isabella Rosellini, é acompanhado de um DVD com a série. Para cada projeto são usados o grau e o tipo de ‘experimentação’ mais apropriados. Nada de batatas fritas com foie gras.”