Assim como todo norte-americano é de alguma maneira influenciado pela cultura do “winner-loser” (vencedor–perdedor), todo gestor acaba obcecado por duas questões: como vencer e como não fracassar. Foi esse o assunto, complexo e abrangente, ao qual Jim Collins resolveu dedicar sua vida: por que algumas empresas vencem e outras perdem?

Collins é um pesquisador rigoroso: seus estudos duram anos, têm amostras gigantescas e contam com grandes equipes de pesquisadores (o que explica seu número reduzido de livros). Ele define vencer e fracassar com precisão. Por exemplo, vencer embute, para ele, a noção de longevidade, o que remete, por sua vez, ao conceito de sustentabilidade.

Em sua recente vinda ao Brasil, Jim Collins concedeu entrevista exclusiva a José Salibi Neto, chief knowledge officer (CKO) da HSM, em que discorreu sobre as mais importantes lições sobre vitórias e fracassos que vem aprendendo com suas pesquisas, enfatizou a importância das perguntas e fez uma análise de duas vantagens competitivas dos gestores do Brasil: lidar com a incerteza e a mistura de emoção e razão.