Com um traje pressurizado que mais parecia a roupa de um astronauta do que a de um paraquedista, o aventureiro austríaco Felix Baumgartner pulou de uma plataforma situada a mais de 39 mil metros de altura, em Roswell, no estado norte-americano do Novo México. Só a subida até a base do salto, a bordo de uma cápsula espacial levada à estratosfera por um balão aerostático, durou duas horas e meia.

Após alguns anos de preparação, havia chegado a hora da verdade: pular (e sobreviver) depois de se arriscar na que foi a maior queda e a maior distância já desafiadas por um ser humano até então.

“Sei que o mundo inteiro está olhando para mim”, declarou Baumgartner alguns segundos antes de se lançar pelos ares. E estava mesmo: no dia 14 de outubro de 2012, data da etapa mais perigosa do projeto (chamado de Red Bull Stratos por causa do patrocinador, a marca de bebida energética de mesmo nome), a transmissão pelo YouTube registrou mais de 8 milhões de visualizações simultâneas –o número equivalia a 8% de todo o movimento mundial da internet naquele momento. Agora, nos bastidores dos negócios, é o salto que o YouTube está dando, ao invadir acintosamente o território da televisão de massa, que chama mais a atenção.