Em um país com um desejo de transformação explícito como o Brasil, qual é –ou deveria ser– o papel das empresas? Catalisar a mudança. E elas podem muito bem fazer isso, por exemplo, por meio de suas entidades de classe, como as federações de indústrias, que devem ser indutoras do desenvolvimento.

No entanto, vez por outra ouvimos de pessoas ligadas a entidades de classe expressões como: “Ah, aqui não funciona assim. Não é empresa privada, não adianta”. Pergunto ao leitor: será verdade? Ou melhor: precisa ser verdade?

Quero trazer aqui o que considero o con­traexemplo positivo de uma entidade catalisadora de mudanças: a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Ela possui um conselho estratégico, formado por 12 presidentes de grandes empresas, que desde 2005 se reúnem periodicamente –em média, a cada dois meses, com o rigor da presença pessoal e intransferível– para discutir, formular e implementar a melhoria das condições de desenvolvimento empresarial com benefício social em Minas Gerais. As reuniões incluem a participação do governador do estado, cuja presença também é pessoal e intransferível.