Todas as empresas precisam, de tempos em tempos, revisitar sua cultura. Até as mais bem-sucedidas. Não raramente o entusiasmo do sucesso se transforma em arrogância e o vírus do subdesempenho satisfatório entra em ação. O vírus é o mesmo que faz algumas crianças tirarem nota 6 na escola. Elas passarão de ano, mas seu desempenho terá sido muito inferior ao que poderiam ter alcançado (e que deveriam ter alcançado, em nome de seu futuro).

Tenho participado de experiências felizes na prevenção e no combate a esse vírus no meio empresarial. Entre as contramedidas, uma das mais importantes costuma ser a construção de uma causa, verdadeira, que mobilize as pessoas, que as faça vibrar, que lhes dê um norte claro, que as encha de orgulho. Aliás, diga-se, a causa é necessária também quando o desempenho é satisfatório.

A causa, em geral, pressupõe jornadas de transformação com quatro grupos de pessoas: