Em março de 2009, Peter Graf assumiu um novo papel na SAP, a empresa de software para gestão de negócios de origem alemã em que trabalhava havia 14 anos. Ele se tornou seu primeiro executivo-chefe de sustentabilidade (CSO na sigla em inglês, de chief sustainability officer) e hoje lidera uma equipe mundial que supervisiona todas as iniciativas relacionadas a sustentabilidade, da criação de soluções que viabilizam os processos para clientes da SAP até as próprias operações corporativas na área, incluindo programas sociais, econômicos e ambientais de peso.

Graf não se mostra tímido quanto ao futuro da sustentabilidade nas organizações. Seus comentários públicos incluem afirmações de que ela vai causar “a maior transformação nos negócios desde a invenção da internet” e que, para empresas que aderirem à causa, “há dinheiro a ser ganho, há dinheiro a ser economizado”.

Mas ele diz que sua primeira missão como CSO teve a ver com percepção. “Tive de ser muito cuidadoso para que não soasse como um espetáculo de marketing”, diz ele. “Quando falamos para o público externo, a conversa inicial é sobre a SAP como modelo a ser seguido. O que a SAP faz internamente, quais são suas metas de carbono. Precisamos de credibilidade para dizer ‘Estamos realmente fazendo essa coisa de sustentabilidade sozinhos’. Funciona. E então podemos dizer: ‘A propósito, estamos usando nosso próprio sistema para fazer isso’. E só depois: ‘E você também pode comprar esse sistema’.”