Durante um seminário de pesquisa realizado no final de 2010, uma cientista que estudava a genética dos macacos visitou a oficina de fabricação digital de uma universidade. Mostrou o pente plástico especial que usava para as análises de DNA, contando que estava quebrado e que ela não tinha recursos para substituí-lo. Um dos estudantes da oficina, prestes a se formar em arquitetura, pediu o objeto emprestado e o colocou em um scanner de mesa. Depois, em uma estante, pegou um pouco de acrílico, ligou um laptop que estava conectado a um cortador a laser e perguntou: “Você precisa de quantos?”.

Tal pergunta é central para a maioria dos modelos de negócio industriais. Produzir dez versões de qualquer item custa bem mais por unidade que fabricar 10 mil. Mas o que acontece no caso de fabricação, venda e distribuição personalizadas de milhões de itens?

A rápida evolução da fabricação digital, um campo quase desconhecido para os estrategistas de negócios, está começando a causar na indústria manufatureira o que a internet provocou nos produtos e serviços baseados na informação.