Nos anos 1970, um jovem desenhista industrial chamado John Stoddard foi contratado pela Moggridge Associates em Londres. Sua primeira tarefa era redesenhar rádios de barcos. No primeiro dia, ele foi mandado a uma cidade pesqueira na costa inglesa para sair com os pescadores em seus barcos e assim entender como eles usavam os rádios. Após a experiência empática, Stoddard voltou para o estúdio acreditando no valor de observar pessoas e seu contexto como parte do processo de design.

Essa abordagem – que Bill Moggridge, cofundador da empresa, depois levou para a Ideo – ofereceu a base inicial de nossa prática de design empático, centrado no ser humano. A partir daí, o escopo de nosso trabalho expandiu-se do design de produtos para inovação digital, estratégia organizacional e desafios de negócios globais. Aprendemos que enfrentar todas essas questões como se fossem problemas de design leva a resultados não apenas funcionais, mas também emocionalmente significativos para as pessoas afetadas. Esse é o design thinking, e a empatia tem papel-chave nele.

Agora, as relações entre consumidores e produtores estão mudando. Empresas de todo o mundo são cada vez mais responsabilizadas pelo impacto social e ambiental de longo prazo que causam, e conversar com pescadores não é mais suficiente para lidar com os desafios.