Você já notou que a velha e a nova gerações falam de transição na empresa utilizando duas palavras bem diferentes? Os seniores gostam da palavra “continuidade”; os mais novos preferem “sucessão”.

Essa diferença de foco, em aspectos distintos da transição geracional, é, claro, perfeitamente compreensível. Os mais velhos, por terem investido a maior parte da vida na construção da empresa, tanto de seus ativos como de sua cultura, querem dar continuidade às coisas que funcionam e às quais eles se sentem ligados. Já a nova geração quer dar sua virada no leme, modernizar a empresa e colocar em prática suas ideias; a ênfase é em mudar.

No entanto, o foco em uma palavra ou em um tema e o não reconhecimento da importância do outro lado da questão podem levar as duas gerações a falar sem efetivamente se entender. Por isso, recomendo que a nova geração concentre as conversas sobre transição, primeiro, na continuidade, ou seja, no que precisa continuar como está, pois isso dá segurança aos mais velhos, e, depois, no que precisa mudar.