Ele foi o mais famoso explorador dos ocea-nos e um comunicador nato, que soube apresentar para uma audiência mundial os segredos da vida nas profundezas marinhas. Jacques-Yves Cousteau nasceu em 11 de junho de 1910 em Saint-André--de-Cubzac, França. Era um jovem oficial da Marinha quando um grave acidente automobilístico o obrigou a renunciar a sua vocação aeronaval, embora o tenha levado a nadar no mar como parte do processo de reabilitação. Em 1943, em plena luta de resistência contra a ocupação alemã, Cousteau inventou, em colaboração com o engenheiro Émile Gagnan, o primeiro escafandro autônomo, que liberava o mergulhador do pesado equipamento usado até então e lhe permitia mover-se com maior agilidade e manter a respiração sob a água durante um período razoável.

Depois da guerra, os royalties da patente lhe proporcionaram os recursos necessários para levar adiante suas expedições. Mais tarde adquiriu um antigo draga-minas britânico, o Calypso, que transformou em navio de pesquisa. A bordo dele, Cousteau realizou durante décadas inúmeras expedições e imersões, transformando-se em pioneiro da preservação marinha e das causas ecológicas. Com seus premiados documentários e programas para a televisão e graças a uma câmara desenhada por ele para registrar a vida submarina, mostrou a seus seguidores de todas as latitudes as dimensões desconhecidas dos rios, dos mares e dos oceanos. Também escreveu, em colaboração com outros autores, mais de 50 livros.

Uma de suas grandes preocupações era a contaminação dos mares. Em 1960 se opôs firmemente à imersão de resíduos radioativos franceses no Mediterrâneo, logo interrompida pelo então presidente da França, Charles de Gaulle. Tempos depois, uniu-se aos protestos contra as experiências nucleares no Pacífico Sul.