Com as economias dos Estados Unidos e da União Europeia lutando contra o crescimento lento, o caminho para a retomada do crescimento mundial dependerá de países emergentes como a China e o Brasil, onde os mercados de consumo e de trabalho esbanjam robustez invejável.

Nesse caso, contudo, a inveja é “branca”, uma vez que a maior contribuição de países em desenvolvimento é o que existe de mais saudável e desejável no momento. É a opinião, ao menos, de Timothy Flynn, chairman da KPMG International, uma das maiores firmas de consultoria, planejamento tributário e auditoria empresarial do planeta, e uma das “quatro grandes”, ao lado de Deloitte, Ernst & Young e PwC.

Será o crescimento parcial suficiente? Segundo Flynn, ainda falta mais equilíbrio nesse movimento, o que seria obtido com parcerias entre emergentes e desenvolvidos. Mas ele não se refere a nenhuuma parceria entre China e Estados Unidos para comandar o mundo, como em um suposto G-2; Flynn vê com muito bons olhos a disseminação de poder do G-20. Para o líder da KPMG, as parcerias devem ser distribuídas. Afinal, o reequilíbrio na balança do poder econômico mundial, ainda que tardio, abre vastas oportunidades para empresas empreen-dedoras, criativas e eficientes, conforme Flynn.