A inteligência artificial (IA) está chegando. Logo estará presente em nossos aparelhos de TV ou dirigindo nossos carros. Será nossa amiga ou secretária. Poderá também assumir o papel do médico da família. A IA tem aplicações em todas as áreas em que dados são processados.

A tecnologia vem avançando mais nos últimos três anos do que nas três décadas anteriores. A tendência são as máquinas que aprendem: você ensina o que e como devem aprender e, a partir daí, elas tomam as próprias decisões.

Além disso, a nova inteligência artificial está, cada vez mais, utilizando técnicas semelhantes a nosso processo de aprendizado. As mais recentes técnicas de programação usam o padrão das redes neurais do cérebro humano, segundo o qual a informação é processada em camadas e as conexões são fortalecidas com base no que é aprendido.

Esse processo é conhecido como aprendizado profundo, por conta do número (crescente) de camadas de informação que são processadas por computadores cada vez mais rápidos. Isso possibilita às máquinas reconhecer imagens, voz e texto – e realizar tarefas próprias dos seres humanos.

Em todo lugar 

O editor-fundador da Wired, Kevin Kelly, comparou a inteligência artificial à eletricidade: barata, confiável, gerada no nível industrial e que está por trás de tudo. Segundo ele, a IA vai “animar objetos inertes, tal como fez a eletricidade mais de um século atrás”. Assim, o que antes foi “eletrificado” agora ganhará “capacidade cognitiva”. “Praticamente tudo poderá ser feito de uma forma nova, diferente e mais interessante”, afirmou.

Concordo: em breve, a inteligência artificial estará em todo lugar. As empresas em geral vêm incorporando esse recurso em seus produtos. Google, Amazon e Apple desenvolvem assistentes comandados por voz para nossas casas, para que sejam capazes de gerenciar as luzes, pedir comida e agendar reuniões. Robôs como a Rosie, do velho desenho animado da TV Jetsons, e o R2-D2, da série Star Wars, estão a apenas uma década de distância. Provavelmente, os planos de negócios das próximas 10 mil startups vão todos oferecer “x” mais inteligência artificial.

Devemos temer que a IA saia do controle e domine o mundo? Sim, ela pode nos superar em conhecimento, mas provavelmente não nos próximos 15 ou 20 anos.

Este texto foi originalmente publicado no Singularity Hub.