Muito do que se diz sobre a geração Y é estereótipo puro. Quem afirma isso é Jessica Kriegel, autora do livro Unfairly Labeled: How Your Workplace Can Benefit from Ditching Generational Stereotypes, segundo a qual a palavra millennial tem sido automaticamente associada a pessoas descoladas em tecnologia, inovadoras e mimadas – coisas que não são verdadeiras para todos dessa faixa etária. Kriegel, que atua na Oracle como consultora de desenvolvimento organizacional e de talentos, disse à Knowledge@Wharton que “muita gente da geração é até avessa à tecnologia e o oposto de mimada ou mandona”.

Segundo Kriegel, os gestores precisam ativamente reverter o approach preconceituoso, seja na relação cotidiana com suas equipes, para não ter expectativas injustas, seja no modo como se comunicam com os consumidores millennials.

Amparadas nos estereótipos, cada vez mais empresas têm qualificado seus produtos como sendo feitos sob medida para esses consumidores nascidos entre 1980 e 2000, conforme Kriegel, na tentativa de parecerem “antenadas’ com os dias atuais, e, sem perceber, vêm excluindo parte significativa dos potenciais compradores.

“Trata-se de um jogo perigoso para as empresas e não necessariamente traz valor para suas marcas”, alertou a consultora da Oracle.