A vitória de lorde Nelson, oficial da Marinha britânica, em Trafalgar, litoral da Espanha, é um clássico exemplo de boa estratégia. Em 1805, a esquadra armada de franceses e espanhóis, a serviço de Napoleão Bonaparte, pretendia invadir a Inglaterra. Em vez de entrar no combate tradicional, que era posicionar-se de frente para os navios inimigos e atacar (e ser atingido), Nelson decidiu dividir a esquadra britânica em duas colunas e atingiu a frota napoleônica perpendicularmente.

Fora do esquema convencional, franceses e espanhóis, que estavam em maior número do que ingleses, mas não eram mais experientes ou mais bem treinados, perderam 22 navios. A Inglaterra não perdeu nenhum.

Em retrospecto, a boa estratégia parece simples e óbvia, mas ela não salta de alguma ferramenta de gestão estratégica. Muitos líderes organizacionais dizem ter uma estratégia, quando não a têm. Na verdade, têm uma “estratégia ruim”, que ignora o poder da escolha e do foco e tenta acomodar uma série de demandas e interesses conflitantes. Uma estratégia ruim é encoberta pela linguagem de metas amplas, ambições, visão e valores. Tais elementos são importantes, mas, em si, não substituem o trabalho duro que a estratégia exige.