O economista Paul Ormerod e o professor Didier Marlier explicam o que é a atual economia de ruptura e apontam sua complexidade
A evidência mais palpável do momento disruptivo que a humanidade atravessa é o fato de os cisnes negros tornarem-se cada vez mais frequentes em nosso cotidiano. Outra metáfora inspirada no reino animal, cisnes negros batizam desde o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 até o surgimento de um site como o YouTube; eles são acontecimentos altamente surpreendentes e impactantes provocados por pessoas –e, a posteriori, todos dirão que poderiam ter sido previstos, mas nunca o são. Quem trouxe os cisnes negros para o palco principal da HSM ExpoManagement 2013 foi o economista Paul Ormerod, oferecendo uma explicação para sua maior incidência: a sociedade em rede.
“Estamos agora dentro de um ecossistema veloz e incontrolável. Com a internet, a urbanização radical e as redes sociais online, todos sabem mais sobre os comportamentos, as opiniões e as escolhas de todos e influenciam as decisões uns dos outros, como em um processo viral”, explicou Ormerod.
O economista mostrou-se convencido de que a própria crise financeira instalada em 2008 foi um efeito de rede, tanto em seu início como na demora em chegar ao fim. Lá, por conta da confiança das redes sociais na bonança eterna, os mercados teriam agido com imprudência, esquecidos de que todo boom econômico acaba. Agora, devido à desconfiança das redes sociais na recuperação, muitas empresas que já poderiam ter voltado a investir ainda hesitam em fazê-lo. “É simplesmente impossível entender essa crise sem levar em consideração as redes sociais”, afirmou Ormerod.
Fundada em 1987, a HSM se consolidou como uma referência internacional em gestão e negócios. Nossas frentes de atuação incluem a SingularityU Brazil, a HSM Expo, a HSM Academy, a revista HSM Management, a realização de projetos CO-Branded, o HSM Experience e a HSM University.